Viajar sozinha pela primeira vez foi um misto de sonho realizado e desafio pessoal.
Aquele frio na barriga? Era medo e excitação se misturando. Mas quando finalmente me joguei nessa aventura, descobri muito mais do que paisagens: encontrei uma versão mais corajosa, livre e dona do meu próprio caminho, inclusive dos imprevistos.
Hoje, abro meu diário de viagem (e meu coração) para compartilhar com você tudo o que aprendi nessa experiência única de viajar sozinha pela primeira vez.
Se você está nesse momento de dúvida, entre a vontade de se jogar e o medo do desconhecido, saiba que eu já estive exatamente aí.
Que essas lições podem ser o empurrãozinho que faltava para você embarcar na sua própria jornada de autodescoberta! Vem comigo!
Neste post…
5 Lições que aprendi viajando sozinha pela primeira vez
1. A melhor companhia que você pode ter é você mesma
No começo, eu tinha medo de me sentir sozinha. Achava que, sem alguém para compartilhar cada momento, a viagem perderia a graça. Mas, menina, como eu estava enganada!
Logo no primeiro dia, sentada em um café em Londres, percebi que estar só não significava estar solitária. Era uma chance de me escutar de verdade, falar com Deus e fazer planos sem distrações.
Eu podia escolher ficar horas lendo um livro, mudar de planos no último minuto ou simplesmente observar o movimento da rua. E por diversas vezes decidi não fazer nada. Eu era dona do meu tempo e isso era mágico.
Dica Rosa: Leve um diário de viagem! Escrever sobre seus pensamentos e experiências ajuda a processar tudo o que você está vivendo. E, no futuro, será um tesouro para relembrar.
2. Medo a gente sente, mas coragem é ir mesmo com ele
Não vou romantizar: tive medo sim. Medo de me perder, de não dar conta, de ser assaltada, de não conseguir me comunicar. Mas aprendi que coragem não é a ausência de medo, e sim seguir em frente apesar dele.
Um dos momentos mais marcantes foi quando precisei pegar um ônibus de volta para a minha acomodação em Londres e acabei me perdendo ao descer. Como as casas lá são todas muito parecidas e o bairro era bem residencial, me vi andando em círculos, sem reconhecer nada. Parecia um labirinto sem saída!
Para piorar, eu estava sem internet naquele momento, então não podia consultar o Maps. Coração acelerado, mãos suando… mas sabe o que aconteceu?
Respirei fundo, me acalmei e perguntei a um senhor local, com meu “Portuglês” desesperada (na época, meu inglês ainda não era tão bom). Para minha surpresa, ele me explicou que minha acomodação estava apenas duas ruas adiante! O problema é que eu havia descido atrás da estação de ônibus, que era meu ponto de referência, e por ter saído pelo lado oposto, tudo parecia diferente.
No final, tudo deu certo, e aquilo me mostrou que, mesmo nos momentos de pânico, a gente sempre encontra uma solução. Às vezes, basta parar, respirar e pedir ajuda.
Dica Rosa: Sempre salve o mapa offline do local onde você está hospedada e tire uma foto do endereço. Pode ser um salvador em situações assim!
3. Liberdade tem gosto de café quente num lugar desconhecido
Nada se compara à sensação de acordar e pensar: “Hoje, eu faço o que eu quiser.”
Viajar sozinha é sobre liberdade pura. É poder passar três horas em um museu sem pressa, decidir mudar de cidade no meio da viagem ou simplesmente cancelar todos os planos para ficar na cama vendo Netflix (sim, isso também faz parte!).
Uma das minhas memórias favoritas é de uma manhã em Paris, quando sentei em um café pequeno e simplesmente existi. Ninguém me conhecia, ninguém esperava nada de mim. Eu era só uma mulher tomando café e observando a vida passar. E isso, amiga, foi uma das sensações mais libertadoras que já senti.
Dica Rosa: Permita-se não seguir um roteiro rígido. Às vezes, os melhores momentos surgem quando a gente se permite se perder.
4. As Conexões são mais intensas (você nunca está realmente sozinha)
Acredite: viajar solo pela primeira vez não significa ficar isolada. Na verdade, você acaba se abrindo muito mais para conhecer pessoas incríveis pelo caminho.
Em um hostel em Lisboa, conheci uma americana que virou minha parceira num delicioso jantar e vinhos. Em Londres, passei um dia pedalando com outra brasileira que havia conhecido por lá. E em Dublin, ia para os pubs com meninas que havia conhecido nos grupos de whatsapp.
Quando estamos acompanhadas, muitas vezes ficamos na nossa bolha. Sozinha, você se torna mais acessível, e o mundo responde com gentilezas inesperadas.
Dica Rosa: Hostels e tours em grupo são ótimos para conhecer outros viajantes. Mas também vale puxar papo em cafés ou mercados locais! Não tenha medo. Se joga e vai se surpreender.
5. Você é muito mais capaz do que imagina
No final da viagem, olhei para trás e percebi: eu planejei tudo sozinha, resolvi imprevistos, me safei em situações difíceis e ainda voltei inteira. Isso me mostrou uma força que eu nem sabia que tinha.
Lembro de chegar em casa e pensar: “Se eu consegui isso, o que mais eu posso fazer?”
Viajar sozinha não é só sobre conhecer lugares, é sobre se redescobrir. Voltei mais segura, mais independente e, acima de tudo, mais eu.
Dica Rosa: Celebre cada pequena conquista. Desde pegar o metrô certo até negociar em outro idioma. Tudo é motivo para se orgulhar!
Dicas rápidas para sua primeira viagem solo
✔️ Escolha destinos seguros e bem avaliados por outras viajantes.
✔️ Avise familiares ou amigos sobre seu roteiro.
✔️ Tenha um cartão de crédito reserva e dinheiro guardado separado.
✔️ Confie no seu instinto, se algo não parece certo, saia da situação.
✔️ Tire fotos, mas também guarde momentos só para você. A viagem é SUA.
Conclusão
A Viagem solo que te espera vai mudar tudo.
Querida viajante, se tem algo que essa experiência me ensinou é que viajar sozinha não é só sobre os lugares, mas sobre a mulher incrível que você descobre no caminho. Cada medo enfrentado, cada decisão tomada e cada sorriso trocado com um estranho vai te lembrar do quanto você é capaz.
Não importa se seu destino é uma cidade vizinha ou o outro lado do mundo, o que importa é que você está pronta para se presentear com essa aventura. E quando você voltar, vai trazer na bagagem muito mais do que lembranças: vai trazer uma nova confiança, histórias que só suas e um coração cheio de liberdade.
Então, respira fundo e vai. O mundo (e a sua melhor versão) estão esperando por você.
E aí, vai arriscar sua primeira viagem solo?
Pode ser uma viagem curta para uma cidade próxima, um final de semana em uma pousada charmosa ou até aquela viagem dos sonhos que você sempre adiou. O importante é dar o primeiro passo.
Se você está pensando em viajar sozinha pela primeira vez, mas ainda está com o pé atrás, deixa eu te dizer uma coisa: você consegue.
Saiba mais dicas de viagens solo neste post que preparei para você!
E quando você voltar, me conta nos comentários: qual foi a lição mais valiosa que você aprendeu?
Porque no final, a gente nunca volta a mesma mulher que era antes da viagem. E isso é a melhor parte.
Gostou? Compartilhe com aquela amiga que também sonha em viajar sozinha!
E se quiser mais dicas práticas de viagem solo, me conta aqui embaixo que eu faço um post só sobre isso!
Você merece essa jornada. E ela vai ser linda.
Passaporte Rosa.
Escrito por Mari Andrade
